domingo, 13 de setembro de 2009

A vida nas senzalas



Os colonos portugueses costumavam interpretar a cultura africana com um olhar racista. Dessa forma eram vistos como seres inferiores, incapazes de estabelecer laços familiares estáveis e duradores. Muitas das praticas culturais dos escravos eram consideradas indecentes, extremamente sensuais e libertinas. Pois acreditavam que esses comportamentos resultavam do fato de os africanos virem de uma sociedade primitiva. Foi nas senzalas que os africanos reconstruíram o seu modo de viver. Vários africanos procuravam estabelecer uma união conjugal, pois isso significava a possibilidade de repartir com um companheiro as dificuldades do dia-a-dia e a falta de liberdade.
Os casados podiam viver separados dos outros cativos, fosse num cômodo separado dentro das senzalas ou construindo uma pequena moradia nas terras da fazenda.
Longe da vigilância constante do senhor, o casal podia preparar refeições extras com a pesca e a caça de animais silvestres, armazenarem comidas e objetos e também fabricar pequenos utensílios. Muitos escravos casados conseguiam conquistar o direito de cultivar uma pequena roça particular e mesmo criar animais de pequeno porte, como porcos e galinha.
Habitação de negros, obra de Johann Moritz Rugendas, sec.XIX

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