quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ao 7ºano mais brilhante da E. E .Afonso Pena

As primeiras rebeliões da colónia
As primeiras rebeliões que eclodiram na colônia não tinham a intenção de separar o Brasil de Portugal. Os colonos não se consideravam brasileiros, mas sim portugueses que morava em uma das muitas colônias que Portugal ainda possuía. Os colonos apenas queriam lutar contra a política do governo português, que tinham se tornado muito repressiva, principalmente após o domínio espanhol.

Revolta de Beckman
Maranhão, 1648.
Foi um movimento da elite insatisfeita com o monopólio da Companhia Geral do Comercio do Maranhão. Pretendia a abolição do monopólio da Companhia do Comercio e a expulsão dos jesuítas, que impediam a escravização de indígenas. Seus lideres foram Manuel e Tomás Beckman. O movimento foi sufocado pela metrópole. Tomás Beckman foi preso e Manuel Beckman condenado a forca.

Guerra dos Emboabas
Minas Gerais, 1708 e 1709.
Os paulistas, descobridores das jazidas de ouro, achavam que tinham o direito de monopolizar a exploração. Os emboabas (palavra que significa “forasteiro”) elegeram Manuel Nunes Viana para governar a região mineira. Os paulistas se revoltaram. Ocorreram vários conflitos, mas os paulistas foram derrotados. Os resultados do movimento foram a separação de São Paulo e Minas Gerais da capitania do Rio de Janeiro e a retirada dos paulistas para Goiás e Mato Grosso.

Guerra dos Mascates
Pernambuco,1710.
Conflito entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes de Recife. O motivo foi a elevação de Recife á condição de vila (1710), tirando o povoamento da subordinação da Camara de Olinda. Recife saiu vitorioso do movimento, pois alem de ser mantido como vila, foi elevado á capital da capitania de Pernambuco.

Revolta de Felipe dos Santos
Vila Rica, 1720.
As razoes foram os sucessivos aumentos da opressão fiscal e administrativa da fazenda Real portuguesa, como a criação da Casa de Fundição e a proibição de circular na colônia ouro em pó ou em pepitas. O líder do movimento foi Felipe dos Santos. Os rebeldes foram derrotados e seus lideres deportados. Felipe dos Santos foi condenado a forca. Os resultados foram a criação da capitania de Minas Gerais e o funcionamento regular das Casas de Fundição.




Pintura representando a
condenação de Filipe dos Santos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Aos alunos do 6º ano da Escola Afonso Pena



Partes da carta de Caminha ao rei....

Depois de viajar muitos dias apareceram os primeiros sinais de terra. Era o dia 22 de Abril. Avistamos um monte alto e redondo. Ele foi chamado Monte Pascoal porque era a semana da Páscoa.
No outro dia, logo de manhãzinha, as embarcações chegaram mais perto da terra. Lá estavam alguns homens. Eles não eram brancos nem negros. Eram de cor parda. Andavam nus e estavam armados com arcos e flechas.
Um barco foi á terra para conhecer melhor essa gente. O barco não conseguiu chegar porque as ondas eram muito fortes. Os nossos homens jogaram alguns presentes para os homens que estavam na terra. Eles também jogaram presentes para os nossos homens.
No dia 24 de Abril fomos todos visitar a terra e conhecer melhor as pessoas do lugar. Eles pintam o corpo com uma tinta vermelha. Raspam as sobrancelhas, os cílios e a parte da frente da cabeça. Pintam a testa com faixas pretas.
As casas onde moram essas pessoas são grandes. Em cada casa vivem trinta ou quarenta pessoas. As casas são feitas de madeira e cobertas de palha. Dentro delas não há divisão. Apenas pedaços de madeira onde se prendem redes para dormir.
Parece que na terra não se planta nem se criam animais. Não há bois, nem vacas, nem ovelhas, nem galinhas por perto. As pessoas comem o que colhem das árvores.
No dia 24 de Abril toda a esquadra chegou mais perto da terra. Para ancorar as embarcações, foi encontrado um porto bom e seguro. O local foi chamado Porto Seguro.
Alguns homens da terra vieram conhecer o nosso capitão Pedro Álvares Cabral. Eles faziam gestos e falavam muito. O capitão não conseguia entender o que eles diziam.
No dia 26 de Abril foi feito um altar numa pequena ilha que havia por perto. Era domingo de Páscoa e Frei Henrique de Coimbra rezou a primeira missa na nova terra.
No dia 28 de Abril fizeram uma cruz com a madeira que havia no lugar. Os moradores da terra ficaram espantados. Eles não conheciam o machado de ferro.
No dia 1º de maio Frei Henrique de Coimbra rezou a segunda missa. Os habitantes da terra acompanharam a cerimonia com muito respeito. A cruz de madeira foi colocada para confirmar o descobrimento da nova terra.
Ate agora não pudemos saber se na terra há ouro, prata ou ferro. Ela é grande e tem muitas árvores. A terra é bem formosa.

Beijo as mãos de Vossa Alteza
Pero Vaz de Caminha

Obs. Adaptação livre da carta de Pero Vaz de Caminha





Primeira Missa no Brasil, de Vitor Meirelles